A Nossa Clínica

A Vetcondeixa, fundada em 30 de Dezembro de 1990, localiza-se em Condeixa-a-Nova, dispõe de generosas instalações, moderno equipamento e sofisticados meios auxiliares de diagnóstico.

Disponibiliza um horário de atendimento alargado, (de segunda a sexta da 10:00h as 13:00h e das 15:00h as 20:30h e aos sábados das 10:00h as 13:00h e das 15:00h as 18:00h) e uma equipa de profissionais atenta às necessidades dos clientes que nos visitam.

A nossa essência é a prestação de um serviço de excelência ao nível dos cuidados médicos de animais de companhia.

sexta-feira, outubro 24, 2008

A Agressão dos Cães Aos Donos



A agressão dos cães aos donos é uma alteração comportamental, que acontece com alguma frequência, caracterizada por um comportamento agressivo como rosnar, mostrar os dentes, latir, ou morder, usualmente contra os membros que vivem em casa ou contra pessoas que lhe são familiares em situações que envolvem acesso aos objectos preferidos como brinquedos ou à comida.
Também referido como agressão por dominância, agressão relacionada com o status, agressão competitiva ou por conflito.

Usualmente manifesta-se no início da maturidade social (entre os 12 e os 36 meses, dependendo da raça) mas pode ser observado em cães mais novos, existindo uma predominância nos machos relativamente às fêmeas.
Uma postura hirta, parada, com a cabeça erguida, as orelhas apontadas para a frente e a cauda levantada normalmente acompanham o comportamento agressivo. Uma combinação destas posturas pode ser observada com outras posturas de submissão como a cauda levantada mas as orelhas dobradas e os olhos virados para baixo, o que representa um elemento de conflito, ansiedade ou medo nas motivações do cão.
O cão pode parecer deprimido e este comportamento pode ser o sinal para provável agressão.
O cão pode demonstrar um comportamento de medo como não olhar directamente, meter a cauda entre as pernas e evitar contacto nos primeiros episódios, mas que tendem a desaparecer à medida que fica mais confiante no resultado da sua agressão
Esse animal exibe uma notável ansiedade, que pode ser observada nomeadamente quando o dono parte ou quando está perante situações novas.
Esse comportamento pode fazer parte do repertório comportamental canino normal mas a sua expressão é influenciada pelo ambiente, pela aprendizagem e pela genética.
A manifestação da agressão pode ser influenciada por experiências precoces em que o animal aprendeu que a agressão funciona controlando as situações e por inconsistência ou ausência de regras e rotinas em casa ou na sua relação com as pessoas. Também por razões médicas (o que é raro, mas deve ser descartado, visto que situações dolorosas ou de doença podem aumentar a tendência para comportamentos agressivos)
A punição inapropriada ou inconsistente ou uma relação entre o cão e o dono sem regras pode contribuir para o desenvolvimento de um comportamento de conflito e agressivo.
O tratamento consiste na modificação do comportamento e administração de alguns medicamentos.
Devem ser evitadas todas as situações que lembrem as agressões.
Para alterar este comportamento de agressividade devemos usar métodos indirectos que ensinem o cão a ver as pessoas da casa como os líderes da matilha. Devemos começar por ensiná-lo a obedecer ordens usando recompensas sem que ele fique agressivo ou em conflito. Antes de permitir que o cão obtenha qualquer coisa que deseje das pessoas devemos fazer que ele obedeça um comando, esta técnica também é conhecida como “Nada é de borla na vida”, e um exemplo é mandar o cão sentar-se ou deitar-se antes de comer, ser afagado, brincar ou ir dar um passeio.
Durante as primeiras 2-3 semanas, os donos devem dar atenção ao cão só por breves períodos, e só durante os momentos em que ele obedece aos comandos e é recompensado. Noutros momentos, o cão deve ser ignorado, especialmente se ele solicitar atenção.
Devemos ensinar comandos usando reforço positivo (como comida, brinquedos, jogos, festas) que ensinem comportamentos que são contra os que resultaram em agressões no passado – por ex ensinar “sai” para sair do sofá ou “solta” para largar os brinquedos.
Um aumento da actividade física também ajuda a diminuir a incidência das agressões.
Alguns medicamentos e alimentos com baixo teor proteico e alto em triptofano podem ajudar, mas não terão nenhum efeito sem uma terapia no sentido de modificação do comportamento, sendo também recomendável castrar os cães inteiros.
Afinal, de pequeno é que se torce o pepino.

Pelos Animais

A Martinha Já está Na Sua Nova Casa

No filme abaixo podemos observar o transporte da Martinha para a sua nova piscina que já tínhamos aqui noticiado e observar a satisfação dos seus primeiros passeios no seu novo ambiente líquido antes do seu retorno ao mar. Prosseguem os esforços na sua adaptação à alimentação natural para que quando estiver de novo no mar sobreviva e viva onde sempre deve estar: no seu ambiente natural .
Além da ajuda aos animais que arrojam, que na sua maior parte são vítimas das artes de pesca e de outras causas derivadas directamente da acção humana, a Sociedade portuguesa da Vida Selvagem prima também por defender o meio ambiente desses animais, porque sem esse substrato vital não sobrevivem nem os animais marinhos nem os humanos que até essa data ainda não arredaram pé da sua acção delapidadora dos mares.
Pelos Animais

PRURIDO


Ao longo da nossa prática clínica, muitas vezes um dono preocupado chega à consulta desesperado com a queixa de que o cão ou o gato está cheio de pulgas, e que já esgotou toda a parafernália de sprays e coleiras e não consegue controlar a infestação. A primeira pergunta que normalmente faço, é se tem observado muitas pulgas, e não poucas vezes a resposta é não mas ele coça-se desesperadamente. E após observação cuidada não observo nenhuma pulga nem os excrementos característicos.
O que se passa é que animal tem um sintoma que na gíria médica se chama prurido que é o termo que designa comichão, e essa sensação provoca o desejo de coçar, esfregar, morder ou lamber as zonas afectadas, que muitas vezes apresentam vermelhidão ou mesmo perda de pêlo. E pulgas não são nem de perto nem de longe a única causa dessa comichão desesperante.
O prurido é a indicação da pele inflamada, que devemos investigar para chegar ao diagnóstico da sua causa.
As causas são inúmeras e podem ir desde parasitas como as pulgas, ácaros que parasitam o folículo piloso, os ácaro dos ouvidos, piolhos, e mesmo a migração cutânea de parasitas internos.
Também alergias causadas também pelos parasitas como é o caso da dermatite alérgica pela picada das pulgas, a atopia que é uma doença em que o animal é sensível ou alérgico a determinadas substâncias que se encontram no seu meio ambiente, como o pólen, que normalmente não causam nenhum problema; a alergia à comida, alergia de contacto, alergia aos medicamentos e alergia às bactérias conhecida por hipersensibilidade bacteriana.
Outras causas da comichão também podem ser infecções bacterianas, tipicamente o Staphylococcus ou fúngicas como a Mallassezia.
Ainda algumas origens do prurido podem estar ligadas a uma excessiva descamação da pele conhecida por seborreia, deposição de cálcio ou tumores da pele. Além disso algumas doenças imunomediadas, hormonais e psicogênicas podem causar prurido.
Mais de uma doença podem contribuir ao mesmo tempo para o prurido, por isso quando identificamos uma causa e tratamo-la, mas o animal continua com comichão devemos considerar a coexistência de uma outra razão.
A utilização de um colar isabelino pode ajudar, mas normalmente não é prático para um tratamento a longo prazo.
Geralmente não precisamos mudar a alimentação, a não ser que haja suspeita de alergia à comida.
Por vezes teremos de realizar biopsias da pele para se poder chegar a um diagnóstico preciso, sendo um procedimento fácil e seguro, dando-nos óptimas informações para solucionar o problema.
Os medicamentos utilizados devem ser específicos para cada situação, ou seja, não existe um medicamento para todas as comichões como às vezes nos solicitam pelo telefone.
Alguns medicamentos são de aplicação directa na pele ou seja terapia tópica, e esses são normalmente usados nas comichões menos graves, sendo os sprays, loções e cremes usados nas áreas mais localizadas, mas quando são áreas extensas é preferível usar um shampô, mas alguns champôs antibacterianos contendo peróxido de benzoílo podem aumentar o prurido.
Certos animais não toleram nenhum produto na sua pele incluindo água morna, piorando a comichão, mas a água fria normalmente alivia.
Os medicamentos que são administrados pela boca ou injectados (terapia sistêmica) têm uma acção mais eficaz, como os esteróides, na diminuição da inflamação e logo o prurido. Ácidos gordos polinsaturados para administração oral podem ajudar mas têm de ser usados durante 6 a 8 semanas, também auxiliam no controle da pele seca que pode ser origem de prurido igualmente. Alguns medicamentos que diminuem a ansiedade, conhecidos como drogas psicogênicas, podem controlar o prurido nalguns casos, como a fluoxetina (o conhecido prozac), a amitriptilina e o diazepam (valium).
Os animais deverão ser avaliados periodicamente pelo veterinário para verificar a resposta ao tratamento.
Devemos prevenir a infestação do nosso amigo por parasitas externos porque estes potenciam qualquer causa subjacente tornando frustrante o tratamento tanto para o dono como para o veterinário.
O prurido na maior parte das vezes não mata mas mói.


Pelos Animais