A Nossa Clínica

A Vetcondeixa, fundada em 30 de Dezembro de 1990, localiza-se em Condeixa-a-Nova, dispõe de generosas instalações, moderno equipamento e sofisticados meios auxiliares de diagnóstico.

Disponibiliza um horário de atendimento alargado, (de segunda a sexta da 10:00h as 13:00h e das 15:00h as 20:30h e aos sábados das 10:00h as 13:00h e das 15:00h as 18:00h) e uma equipa de profissionais atenta às necessidades dos clientes que nos visitam.

A nossa essência é a prestação de um serviço de excelência ao nível dos cuidados médicos de animais de companhia.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

O Sebastião Partiu Hoje À Sua Vida No Mar :)

A bióloga Marisa e o enfermeiro veterinário Tiago no momento da libertação do Sebastião

No momento da sua libertação

Ainda em cativeiro e recuperar


O pato Sebastião completou a sua recuperação com sucesso no Centro da SPVS em Quiaios e foi libertado hoje. Longa vida ao Sebastião!!!



Pelos Animais

sexta-feira, dezembro 19, 2008

O Marley delicia-se com Regueifa





A Ângela trouxe regueifa e o Marley delicia-se com a gostusura, mas não se pode abusar :)






Pelos Animais

Desejos de Bom Natal da Melissa e do Sheckler


A Melissa e o Sheckler vieram hoje nos desejar Festas Felizes :)



Pelos Animais

Alguns Amigos Destes Dias



























































































Pelos Animais

Apelo

Recebemos este apelo:
Pelos Animais

quinta-feira, dezembro 18, 2008

A Doença Periodontal



A expressão periodontal deriva de duas palavras gregas que significam “à volta do dente”, por isso a doença periodontal nos nossos animais domésticos é uma situação resultante de uma série de alterações que são associadas à inflamação das gengivas e perda das estruturas que suportam os seus dentes.
Partículas de comida e bactérias acumulam-se na linha da gengiva dos cães e dos gatos, formando a placa bacteriana, e se esta não for removida, os minerais da salivam combinam com a placa formando o tártaro ou cálculo gengival, que se adere fortemente aos dentes, não podendo ser removido pela simples escovagem. A mineralização da placa bacteriana começa 3 a 4 dias depois da sua formação, dando origem ao tártaro. O tártaro é irritante para as gengivas causando inflamação ou gengivite. Quando o nosso animal de estimação tem gengivite observamos a zona da gengiva adjacente ao dente muito vermelha, e ao mesmo tempo sentimos o mau hálito consequente.
Se esse tártaro não for removido, vai crescer por baixo das gengivas, separando-as dos dentes, formando bolsas onde as bactérias vão crescer, causando lesões irreversíveis, provocando então a doença periodontal.
A doença periodontal pode ser muito dolorosa, podendo levar à perda de dentes, abcessos, destruição óssea e infecção de outros órgãos do nosso amigo.
Os animais mais velhos geralmente são mais afectados e alguns estudos demonstram que os animais alimentados com ração seca têm menos placa bacteriana, além de que os cães ou gatos que têm o hábito de mordiscar brinquedos próprios para esse fim podem remover alguma placa com essas actividades.
Os cães de raça pequena e os braquicéfalos (os que têm o focinho mais achatado como os boxers e buldogues) por terem os dentes muito juntos, assim como os nossos companheiros que têm o hábito de se lamberem e mordiscarem a si próprios, causando acumulação de pêlos à volta dos dentes e no sulco gengival, têm tendência a desenvolverem o tártaro com mais frequência.
Uma observação interessante é de que os cães que respiram pela boca têm mais placa devido à desidratação da cavidade oral.
Alguns sinais podem indicar-nos a progressão da doença periodontal como um mau hálito persistente, perda de dentes, animais que se babam constantemente, um aumento da sensibilidade à volta da boca, gengivas inflamadas e que sangram facilmente, dificuldade em comer ou mascar e mesmo perda do apetite, irritabilidade ou depressão, animais que esfregam as patas à volta do focinho e até secreção purulenta saindo pelos lábios.
A doença periodontal tem vários graus, sendo as fases mais avançadas irreversíveis.
Uma série de procedimentos médico veterinários existem para tratarem os diferentes casos da doença periodontal, havendo na maior parte dos casos a necessidade de anestesiar o animal para se proceder a uma limpeza do tártaro com aparelhos de ultra sons e ao polimento dos dentes, assim como à extracção, nalguns casos, de dentes irreversivelmente afectados e mesmo o corte de porções das gengivas que se hipertrofiaram devido à doença.
Após o tratamento, os animais são medicados com anti-inflamatórios e antibióticos, assim como aos donos é explicado a vital importância da higiene oral do seu animal e além disso os animais já afectados deverão visitar o seu médico veterinário pelo menos 3 a 4 vezes por ano, para um exame oral.
Uma escovagem regular dos dentes do seu cão ou gato com uma escova e pasta apropriadas reduzem enormemente a acumulação da placa bacteriana e o desenvolvimento do tártaro, evitando assim a doença periodontal.
Vamos dar um bom sorriso ao nosso amigo, porque além disso prevenimos as complicações que poderão resultar de gengivas doentes e poderemos aceitar as suas lambidelas felizes com um bom hálito de cão ou gato saudáveis.
Para terminar, elogiamos o esforço que a Câmara de Coimbra tem feito nesses dias para a adopção dos cães que se encontram no canil da cidade. Para tal basta visitar o sítio da câmara municipal de Coimbra para encontrar um amigo verdadeiramente fiel.



Pelos Animais

terça-feira, dezembro 09, 2008

A Iguana Verde

Uma iguana adulta com ar saudável e medindo cerca de 1,5 mt

A foto é de uma iguana sofrendo de doença ósteo-metabólica devido ao mau maneio. Reparem na deformação do mandibular inferior.


A Iguana verde é um género de réptil nativo das zonas tropicais da América Central, do Sul e das Caraíbas e é um dos répteis mais criados em cativeiro, isto porque embora as Iguanas verdes possam atacar quando se sentem ameaçadas, a popularidade deve-se exactamente à sua enorme docilidade, comparada com outros répteis, e a facilidade de adaptação e interacção com o homem. Podem viver 15 a 20 anos em cativeiro.
A iguana possui uma barbela e uma fiada de espinhas que percorrem as suas costas até a cauda e um terceiro olho em cima da cabeça, que é conhecido pelo olho parietal e que parece uma escama transparente, que possui células fotorreceptoras numa estrutura semelhante a uma retina que tem a função de perceber as variações de luminosidade, regulando assim funções sazonais nomeadamente as ligadas à reprodução. Quando novos as iguanas verdes possuem uma coloração verde intensa, e à medida que crescem apresentam ao longo do corpo, listras escuras.
Vivem em árvores, em florestas tropicais húmidas, podendo medir desde 7 cm a 2 metros, sendo a cauda dois terços do seu comprimento. São animais estritamente herbívoros quando adultos e reproduzem-se através da deposição de ovos. Possuem uma excelente visão e podem ver à grande distância.
As iguanas são animais ectotérmicos, ou seja, são incapazes de manter a temperatura corporal constante por mecanismos fisiológicos internos (como fazem os mamíferos e aves), desta forma a temperatura corporal destes animais sofre grande influência da temperatura ambiental, no entanto as iguanas termorregulam procurando ambientes adequadas às suas necessidades de perda ou ganho de temperatura. À medida que as iguanas crescem mudam a pele, substituindo-a por outra e este processo chama-se ecdise, e dura cerca de 2 semanas, e nessas alturas podemos observar uma diminuição do apetite, diminuição das actividades físicas e procura de banhos de imersão. Outra característica destes lagartos é a capacidade de desprenderem parte da cauda como forma de defesa. O segmento de cauda amputada e em movimento distrai o predador enquanto a iguana foge. O órgão sexual do macho é constituído por dois pénis que se chamam hemipénis, e que se encontram alojados interiormente na base da cauda.
Ao planear um terrário para albergarmos uma amiga iguana, cinco factores básicos devem ser analisados:
1.A Temperatura deve ser entre 29 e 32 graus célsius durante o dia e entre 24 e 26 graus à noite. Sendo necessário um gradiente de temperatura, instala-se o sistema de aquecimento em um dos cantos, e por difusão a temperatura no terrário irá decrescer gradativamente; o aquecimento pode ser feito com lâmpada infravermelha, “pedra aquecida” ou outro sistema de aquecimento por contacto corporal, mas atenção ao risco de queimaduras protegendo as lâmpadas.
2.A Humidade deve estar entre os 70 e os 80%, que pode ser conseguida com um vasilhame de água de grande superfície produzindo evaporação e também com pulverizadores e sistemas de gotejamento.
3.A Iluminação respeita um foto período de 12 horas e deve-se providenciar abrigo para quando as iguanas quiserem evitar a luz. Existem lâmpadas fluorescentes específicas para répteis, que emitem também luz ultravioleta que é fundamental para a absorção do cálcio da alimentação, prevenindo uma das patologias mais comuns das iguanas em cativeiro.
4.É aconselhável que o terrário tenha o comprimento e a altura iguais a 2 a 3 vezes o tamanho corporal e a largura 1 a 1,5 o comprimento do corpo. Devem ser providenciados galhos ou troncos assim como prateleiras para que as iguanas possam subir e descansar, visto serem arborícolas no seu ambiente natural
5.O material deverá ser de fácil limpeza, tais como vidro e madeira impermeabilizada. O substrato pode ser de jornal ou pedras suficientemente grandes para não serem ingeridas.
Existem rações específicas para iguanas, mas é mais saudável se forem equilibradas com vegetais como couve-de-bruxelas, nabo, nabiça, dentes-de-leão, trevo, ervas silvestres, além de batata doce, cenouras, cogumelos, alfalfa, feijão verde e outros que devem constituir a parte importante da dieta.
Antes de trazer o nosso amigo parente de dinossáurio para casa é importante pensar em recriar o seu ambiente natural, senão, mais vale vê-lo pachorrento banhando ao sol e comendo as flores de ibiscus algures em Cancun.







Pelos Animais

A Demanda de Venê

Recebemos este apelo de um grupo de estudantes de Coimbra que tem apoiado alguns gatos sem dono, uma das quais foi esterilizada na nossa clínica em colaboração com Animais de Rua. Este delicioso gatinho, o Venê, filho da gata agora já esterilizada e com família, é o último à espera de um dono. Sem dúvida um óptimo companheiro de brincadeiras para essa noites invernais. Seja um cat people e telefone :) . para ampliar as imagens e o texto é só clicar :) RECEBEMOS A FELIZ NOTÍCIA DE QUE O VENÊ JÁ FOI ADOPTADO (16-01-09) :)


Pelos Animais

sexta-feira, dezembro 05, 2008

O Marley Sorri de Contente Ao Saber Da Sua Nova Dona

O Marley já tem dono! Uma nossa cliente já muito conhecida pelo bom trato que dá aos animais e às pessoas (é médica de primatas supostamente mais evoluídos) adoptou o nosso querido Marley, em que a condição primeira para a sua adopção era que fosse um cão de dentro de casa, e nesse caso irá partilhar o jardim e o interior da residência. Estamos todos muito contentes e agradecemos a todos principalmente os nossos clientes que nos alertaram quando encontraram o Marley ao lado de uma estrada algures em Coimbra. Longa vida ao Marley. E para o Marley não vai nada nada nada?...Tudo!!!! :)
Pelos Animais

As Injustiças do Mundo

As imagens testemunham a abissal diferença das condições de vida entre alguns animais e outros
Animais abandonados na praça da República em Condeixa ao lado da caixa que colocamos para se protegerem
As minhas gatas; a Nequinhas (que tem só três patas) e a Xinguinhas (que abraça a Nequinhas) descansam confortadas com o calor da radiador A nossa assistente Ângela afaga um desamparado depois de colocar comida e uma caixa de cartão com uma manta para ele dormir protegido do frio gélido destes dias

As gatas dormem despreocupadas, com a barriga cheia, confortadas de mimo e calor do radiador

As injustiças deste nosso conturbado mundo não se limitam de modo nenhum ao universo dos humanos, extravasando pelas diversas dimensões do planeta, e bem à porta das nossas casas todos os dias presenciamos casos de animais abandonados por "donos" inconscientes, inconsequentes, com manifesta falta de respeito pelos seres vivos e naturalmente pelo ambiente e pelo próximo. Muitos estudos indicam que o desrespeito pela natureza e pelos animais reflecte-se normalmente na atitude para com os "semelhantes", sendo normalmente pessoas que têm dificuldade num relacionamento saudável. Em Condeixa assistimos todos os anos ao abandono massivo de animais, principalmente de cães de caça, tornando-se numa "tradição" dolorosa para quem assiste a desumanidade deste espectáculo permanente. E é triste saber que o fim da maioria desses animais é a eutanásia pelo veterinário camarário devido à falta de meios para mantê-los, sendo o resultado de várias anomalias de funcionamento da sociedade inteira. Nestes dias gélidos tornou-se imperioso fazer alguma coisa, nem que fosse uma gota de água no oceano, e decidimos pelo menos colocar um caixote com uma manta e alguma comida para que se protegessem na noite mais fria. E agora comparo os cães famintos às minhas gatas que ronronam ao calor do radiador eléctrico, tendo sido uma delas salva da rua. Infelizmente não poderemos salvá-los todos sozinho, mas temos a consciência de que existem vontades que bem conduzidas poderiam fazer um mundo muito melhor para os nossos animais. Até quando ficamos sem fazer nada e permitir que alguns animais sejam "mais iguais que outros"?

Pelos Animais

Transfusões de Sangue




As transfusões de sangue nos cães e nos gatos têm sido utilizadas cada vez com mais frequência, e na maioria das vezes são realizadas em situações de emergência, em pacientes extremamente anémicos e sujeitos a risco de vida imediato, independente da causa.
Em quase todas as clínicas veterinárias já se realizam transfusões para salvarem os nossos amigos de quatro patas, que por diversas razões necessitam de sangue seja por causa de uma hemorragia aguda pela rotura do baço num atropelamento, devido a uma gastroenterite hemorrágica de um cachorro que não foi vacinado na devida altura ou numa anemia grave de origem infecciosa.
A transfusão de sangue total ou só de glóbulos vermelhos é na maior parte das vezes requerida para restituir a capacidade perdida de transportar oxigénio dos pulmões para os tecidos através dos eritrócitos.
Pela transfusão de sangue total ou somente do plasma de um dador com as vacinas em dia, estamos também a administrar anticorpos a um animal, que estando doente, tornamos as suas defesas mais eficazes para combater a doença, como é no caso da parvovirose ou da esgana canina.
Existem cerca de 8 grupos sanguíneos nos cães e de 3 grupos nos gatos. Num cão a probabilidade de ocorrerem reacções graves durante a transfusão de sangue por causa da incompatibilidade sanguínea entre o dador e o receptor numa primeira transfusão é muito reduzida, o que nos permite ter a liberdade de transfundir numa situação de urgência de um cão para outro sem realizar a tipificação dos grupos sanguíneos envolventes, mas que sendo possível deve ser feita porque em muitos casos são necessárias múltiplas transfusões e nessas situações o animal fica sensibilizado ao sangue do dador, existindo a possibilidade de ocorrerem reacções fatais nas segundas transfusões. Nos gatos a situação é diferente, bastando 1ml de sangue de um dador incompatível para causar uma reacção fatal num gato receptor logo na primeira transfusão.
O sucesso de uma transfusão depende da criteriosa selecção do dador, por isso devemos escolher cães com idade acima de um ano e abaixo de oito, pesando entre 20 a 30 quilogramas, não obesos, de temperamento dócil e que anteriormente não tenham recebido transfusões. Os dadores devem ser clinicamente sadios, apresentarem boas condições físicas, isentos de parasitas e doenças passíveis de de serem transmitidas por via sanguínea, como é a leishmaniose na nossa zona. Curiosamente a dirofilaria ou o parasita do coração não é transmissível através da transfusão sanguínea porque é necessária uma passagem do parasita por um mosquito antes de se tornar infectante.
O sangue normalmente é recolhido na jugular do dador para uma bolsa hermética com um anticoagulante e depois é administrado pela veia cefálica que é um veia do membro anterior, mas em determinados animais muito pequenos, recém-nascidos ou muito anémicos a ponto de não conseguirmos apanhar a veia, a administração faz-se para dentro do osso (intraóssea), sendo a sua reabsorção para a circulação geral quase tão rápida como quando é por via endovenosa.
O sangue total pode ser conservado no frigorífico a 4 graus centígrados durante 3 semanas. Antes de ser administrado deve ser aquecido lentamente em banho-maria até a temperatura corporal do animal.
Na nossa clínica temos um bom grupo de dadores voluntários que já salvaram muitas vidas, e podemos dizer que entre os nossos amigos de quatro patas também dar sangue é dar vida!


Pelos Animais