"Cachalote deu à costa morto perto de Santa Cruz
Um cachalote juvenil apareceu esta manhã ainda vivo, na Praia Azul, perto de Santa Cruz, no concelho de Torres Vedras, mas acabou por morrer, estando a ser resgatado por máquinas da Câmara local, para ser enterrado " in Sol
É vergonhoso que um país como Portugal pertencente à Comunidade Europeia, com uma área costeira tão extensa e com um elevado número de arrojamentos não disponha de um orçamento para financiar o estudo das espécies arrojadas e a sua possível recuperação quando possível. As equipas que colaboram na recolha dos animais arrojados vivos pertencem na sua maioria a ONGs que funcionam com escassos recursos de carolas e voluntários sem nenhum apoio do governo. Muitas vezes os golfinhos possíveis de serem salvos e constituírem um extraordinário meio de aprendizagem e recolha de informações sobre a vida destes magníficos seres durante a sua recuperação são eutanasiados por falta de meios para a sua reabilitação. Neste caso enterrou-se o animal sem ser realizada uma necrópsia que traria informações valiosíssimas para o meio científico acerca destes animais, nomeadamente o estudo da causa do seu arrojamento, para melhor entendermos o seu comportamento e reduzirmos o impacto da "humanização" do planeta relativamente à vida marinha. É urgente que a política para o estudo dos cetáceos em Portugal se altere, estando neste momento a desperdiçar a oportunidade de dar cartas nesta área, visto ser elevado o número de animais arrojados por ano, o que permitiria um visão aprofundada sobre os cetáceos, visto que o estudo no seu meio ambiente ter limitações de vária ordem. Este país contínua voltado de costas para o mar, mas há que libertar o espírito que levou Portugal a desbravar os mares e a conhecer novas terras, agora como capitães na compreensão e estudo dos oceanos. A vontade existe, e muita, mas sem os necessários recursos é difícil levar avante, mas não paramos, é certo. Enquanto isso há fundos para submarinos, que se sabe, estão a dar cabo dos cetáceos com os seus sonares. Há que dizê-lo, sem tibiezas.
Pelos Animais
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