Ao longo da nossa prática clínica, muitas vezes um dono preocupado chega à consulta desesperado com a queixa de que o cão ou o gato está cheio de pulgas, e que já esgotou toda a parafernália de sprays e coleiras e não consegue controlar a infestação. A primeira pergunta que normalmente faço, é se tem observado muitas pulgas, e não poucas vezes a resposta é não mas ele coça-se desesperadamente. E após observação cuidada não observo nenhuma pulga nem os excrementos característicos.
O que se passa é que animal tem um sintoma que na gíria médica se chama prurido que é o termo que designa comichão, e essa sensação provoca o desejo de coçar, esfregar, morder ou lamber as zonas afectadas, que muitas vezes apresentam vermelhidão ou mesmo perda de pêlo. E pulgas não são nem de perto nem de longe a única causa dessa comichão desesperante.
O prurido é a indicação da pele inflamada, que devemos investigar para chegar ao diagnóstico da sua causa.
As causas são inúmeras e podem ir desde parasitas como as pulgas, ácaros que parasitam o folículo piloso, os ácaro dos ouvidos, piolhos, e mesmo a migração cutânea de parasitas internos.
Também alergias causadas também pelos parasitas como é o caso da dermatite alérgica pela picada das pulgas, a atopia que é uma doença em que o animal é sensível ou alérgico a determinadas substâncias que se encontram no seu meio ambiente, como o pólen, que normalmente não causam nenhum problema; a alergia à comida, alergia de contacto, alergia aos medicamentos e alergia às bactérias conhecida por hipersensibilidade bacteriana.
Outras causas da comichão também podem ser infecções bacterianas, tipicamente o Staphylococcus ou fúngicas como a Mallassezia.
Ainda algumas origens do prurido podem estar ligadas a uma excessiva descamação da pele conhecida por seborreia, deposição de cálcio ou tumores da pele. Além disso algumas doenças imunomediadas, hormonais e psicogênicas podem causar prurido.
Mais de uma doença podem contribuir ao mesmo tempo para o prurido, por isso quando identificamos uma causa e tratamo-la, mas o animal continua com comichão devemos considerar a coexistência de uma outra razão.
A utilização de um colar isabelino pode ajudar, mas normalmente não é prático para um tratamento a longo prazo.
Geralmente não precisamos mudar a alimentação, a não ser que haja suspeita de alergia à comida.
Por vezes teremos de realizar biopsias da pele para se poder chegar a um diagnóstico preciso, sendo um procedimento fácil e seguro, dando-nos óptimas informações para solucionar o problema.
Os medicamentos utilizados devem ser específicos para cada situação, ou seja, não existe um medicamento para todas as comichões como às vezes nos solicitam pelo telefone.
Alguns medicamentos são de aplicação directa na pele ou seja terapia tópica, e esses são normalmente usados nas comichões menos graves, sendo os sprays, loções e cremes usados nas áreas mais localizadas, mas quando são áreas extensas é preferível usar um shampô, mas alguns champôs antibacterianos contendo peróxido de benzoílo podem aumentar o prurido.
Certos animais não toleram nenhum produto na sua pele incluindo água morna, piorando a comichão, mas a água fria normalmente alivia.
Os medicamentos que são administrados pela boca ou injectados (terapia sistêmica) têm uma acção mais eficaz, como os esteróides, na diminuição da inflamação e logo o prurido. Ácidos gordos polinsaturados para administração oral podem ajudar mas têm de ser usados durante 6 a 8 semanas, também auxiliam no controle da pele seca que pode ser origem de prurido igualmente. Alguns medicamentos que diminuem a ansiedade, conhecidos como drogas psicogênicas, podem controlar o prurido nalguns casos, como a fluoxetina (o conhecido prozac), a amitriptilina e o diazepam (valium).
Os animais deverão ser avaliados periodicamente pelo veterinário para verificar a resposta ao tratamento.
Devemos prevenir a infestação do nosso amigo por parasitas externos porque estes potenciam qualquer causa subjacente tornando frustrante o tratamento tanto para o dono como para o veterinário.
O prurido na maior parte das vezes não mata mas mói.
Pelos Animais
O que se passa é que animal tem um sintoma que na gíria médica se chama prurido que é o termo que designa comichão, e essa sensação provoca o desejo de coçar, esfregar, morder ou lamber as zonas afectadas, que muitas vezes apresentam vermelhidão ou mesmo perda de pêlo. E pulgas não são nem de perto nem de longe a única causa dessa comichão desesperante.
O prurido é a indicação da pele inflamada, que devemos investigar para chegar ao diagnóstico da sua causa.
As causas são inúmeras e podem ir desde parasitas como as pulgas, ácaros que parasitam o folículo piloso, os ácaro dos ouvidos, piolhos, e mesmo a migração cutânea de parasitas internos.
Também alergias causadas também pelos parasitas como é o caso da dermatite alérgica pela picada das pulgas, a atopia que é uma doença em que o animal é sensível ou alérgico a determinadas substâncias que se encontram no seu meio ambiente, como o pólen, que normalmente não causam nenhum problema; a alergia à comida, alergia de contacto, alergia aos medicamentos e alergia às bactérias conhecida por hipersensibilidade bacteriana.
Outras causas da comichão também podem ser infecções bacterianas, tipicamente o Staphylococcus ou fúngicas como a Mallassezia.
Ainda algumas origens do prurido podem estar ligadas a uma excessiva descamação da pele conhecida por seborreia, deposição de cálcio ou tumores da pele. Além disso algumas doenças imunomediadas, hormonais e psicogênicas podem causar prurido.
Mais de uma doença podem contribuir ao mesmo tempo para o prurido, por isso quando identificamos uma causa e tratamo-la, mas o animal continua com comichão devemos considerar a coexistência de uma outra razão.
A utilização de um colar isabelino pode ajudar, mas normalmente não é prático para um tratamento a longo prazo.
Geralmente não precisamos mudar a alimentação, a não ser que haja suspeita de alergia à comida.
Por vezes teremos de realizar biopsias da pele para se poder chegar a um diagnóstico preciso, sendo um procedimento fácil e seguro, dando-nos óptimas informações para solucionar o problema.
Os medicamentos utilizados devem ser específicos para cada situação, ou seja, não existe um medicamento para todas as comichões como às vezes nos solicitam pelo telefone.
Alguns medicamentos são de aplicação directa na pele ou seja terapia tópica, e esses são normalmente usados nas comichões menos graves, sendo os sprays, loções e cremes usados nas áreas mais localizadas, mas quando são áreas extensas é preferível usar um shampô, mas alguns champôs antibacterianos contendo peróxido de benzoílo podem aumentar o prurido.
Certos animais não toleram nenhum produto na sua pele incluindo água morna, piorando a comichão, mas a água fria normalmente alivia.
Os medicamentos que são administrados pela boca ou injectados (terapia sistêmica) têm uma acção mais eficaz, como os esteróides, na diminuição da inflamação e logo o prurido. Ácidos gordos polinsaturados para administração oral podem ajudar mas têm de ser usados durante 6 a 8 semanas, também auxiliam no controle da pele seca que pode ser origem de prurido igualmente. Alguns medicamentos que diminuem a ansiedade, conhecidos como drogas psicogênicas, podem controlar o prurido nalguns casos, como a fluoxetina (o conhecido prozac), a amitriptilina e o diazepam (valium).
Os animais deverão ser avaliados periodicamente pelo veterinário para verificar a resposta ao tratamento.
Devemos prevenir a infestação do nosso amigo por parasitas externos porque estes potenciam qualquer causa subjacente tornando frustrante o tratamento tanto para o dono como para o veterinário.
O prurido na maior parte das vezes não mata mas mói.
Pelos Animais
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