As transfusões de sangue nos cães e nos gatos têm sido utilizadas cada vez com mais frequência, e na maioria das vezes são realizadas em situações de emergência, em pacientes extremamente anémicos e sujeitos a risco de vida imediato, independente da causa.
Em quase todas as clínicas veterinárias já se realizam transfusões para salvarem os nossos amigos de quatro patas, que por diversas razões necessitam de sangue seja por causa de uma hemorragia aguda pela rotura do baço num atropelamento, devido a uma gastroenterite hemorrágica de um cachorro que não foi vacinado na devida altura ou numa anemia grave de origem infecciosa.
A transfusão de sangue total ou só de glóbulos vermelhos é na maior parte das vezes requerida para restituir a capacidade perdida de transportar oxigénio dos pulmões para os tecidos através dos eritrócitos.
Pela transfusão de sangue total ou somente do plasma de um dador com as vacinas em dia, estamos também a administrar anticorpos a um animal, que estando doente, tornamos as suas defesas mais eficazes para combater a doença, como é no caso da parvovirose ou da esgana canina.
Existem cerca de 8 grupos sanguíneos nos cães e de 3 grupos nos gatos. Num cão a probabilidade de ocorrerem reacções graves durante a transfusão de sangue por causa da incompatibilidade sanguínea entre o dador e o receptor numa primeira transfusão é muito reduzida, o que nos permite ter a liberdade de transfundir numa situação de urgência de um cão para outro sem realizar a tipificação dos grupos sanguíneos envolventes, mas que sendo possível deve ser feita porque em muitos casos são necessárias múltiplas transfusões e nessas situações o animal fica sensibilizado ao sangue do dador, existindo a possibilidade de ocorrerem reacções fatais nas segundas transfusões. Nos gatos a situação é diferente, bastando 1ml de sangue de um dador incompatível para causar uma reacção fatal num gato receptor logo na primeira transfusão.
O sucesso de uma transfusão depende da criteriosa selecção do dador, por isso devemos escolher cães com idade acima de um ano e abaixo de oito, pesando entre 20 a 30 quilogramas, não obesos, de temperamento dócil e que anteriormente não tenham recebido transfusões. Os dadores devem ser clinicamente sadios, apresentarem boas condições físicas, isentos de parasitas e doenças passíveis de de serem transmitidas por via sanguínea, como é a leishmaniose na nossa zona. Curiosamente a dirofilaria ou o parasita do coração não é transmissível através da transfusão sanguínea porque é necessária uma passagem do parasita por um mosquito antes de se tornar infectante.
O sangue normalmente é recolhido na jugular do dador para uma bolsa hermética com um anticoagulante e depois é administrado pela veia cefálica que é um veia do membro anterior, mas em determinados animais muito pequenos, recém-nascidos ou muito anémicos a ponto de não conseguirmos apanhar a veia, a administração faz-se para dentro do osso (intraóssea), sendo a sua reabsorção para a circulação geral quase tão rápida como quando é por via endovenosa.
O sangue total pode ser conservado no frigorífico a 4 graus centígrados durante 3 semanas. Antes de ser administrado deve ser aquecido lentamente em banho-maria até a temperatura corporal do animal.
Na nossa clínica temos um bom grupo de dadores voluntários que já salvaram muitas vidas, e podemos dizer que entre os nossos amigos de quatro patas também dar sangue é dar vida!
Em quase todas as clínicas veterinárias já se realizam transfusões para salvarem os nossos amigos de quatro patas, que por diversas razões necessitam de sangue seja por causa de uma hemorragia aguda pela rotura do baço num atropelamento, devido a uma gastroenterite hemorrágica de um cachorro que não foi vacinado na devida altura ou numa anemia grave de origem infecciosa.
A transfusão de sangue total ou só de glóbulos vermelhos é na maior parte das vezes requerida para restituir a capacidade perdida de transportar oxigénio dos pulmões para os tecidos através dos eritrócitos.
Pela transfusão de sangue total ou somente do plasma de um dador com as vacinas em dia, estamos também a administrar anticorpos a um animal, que estando doente, tornamos as suas defesas mais eficazes para combater a doença, como é no caso da parvovirose ou da esgana canina.
Existem cerca de 8 grupos sanguíneos nos cães e de 3 grupos nos gatos. Num cão a probabilidade de ocorrerem reacções graves durante a transfusão de sangue por causa da incompatibilidade sanguínea entre o dador e o receptor numa primeira transfusão é muito reduzida, o que nos permite ter a liberdade de transfundir numa situação de urgência de um cão para outro sem realizar a tipificação dos grupos sanguíneos envolventes, mas que sendo possível deve ser feita porque em muitos casos são necessárias múltiplas transfusões e nessas situações o animal fica sensibilizado ao sangue do dador, existindo a possibilidade de ocorrerem reacções fatais nas segundas transfusões. Nos gatos a situação é diferente, bastando 1ml de sangue de um dador incompatível para causar uma reacção fatal num gato receptor logo na primeira transfusão.
O sucesso de uma transfusão depende da criteriosa selecção do dador, por isso devemos escolher cães com idade acima de um ano e abaixo de oito, pesando entre 20 a 30 quilogramas, não obesos, de temperamento dócil e que anteriormente não tenham recebido transfusões. Os dadores devem ser clinicamente sadios, apresentarem boas condições físicas, isentos de parasitas e doenças passíveis de de serem transmitidas por via sanguínea, como é a leishmaniose na nossa zona. Curiosamente a dirofilaria ou o parasita do coração não é transmissível através da transfusão sanguínea porque é necessária uma passagem do parasita por um mosquito antes de se tornar infectante.
O sangue normalmente é recolhido na jugular do dador para uma bolsa hermética com um anticoagulante e depois é administrado pela veia cefálica que é um veia do membro anterior, mas em determinados animais muito pequenos, recém-nascidos ou muito anémicos a ponto de não conseguirmos apanhar a veia, a administração faz-se para dentro do osso (intraóssea), sendo a sua reabsorção para a circulação geral quase tão rápida como quando é por via endovenosa.
O sangue total pode ser conservado no frigorífico a 4 graus centígrados durante 3 semanas. Antes de ser administrado deve ser aquecido lentamente em banho-maria até a temperatura corporal do animal.
Na nossa clínica temos um bom grupo de dadores voluntários que já salvaram muitas vidas, e podemos dizer que entre os nossos amigos de quatro patas também dar sangue é dar vida!
Pelos Animais
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