A Nossa Clínica

A Vetcondeixa, fundada em 30 de Dezembro de 1990, localiza-se em Condeixa-a-Nova, dispõe de generosas instalações, moderno equipamento e sofisticados meios auxiliares de diagnóstico.

Disponibiliza um horário de atendimento alargado, (de segunda a sexta da 10:00h as 13:00h e das 15:00h as 20:30h e aos sábados das 10:00h as 13:00h e das 15:00h as 18:00h) e uma equipa de profissionais atenta às necessidades dos clientes que nos visitam.

A nossa essência é a prestação de um serviço de excelência ao nível dos cuidados médicos de animais de companhia.

terça-feira, junho 09, 2009

Em Memória do Nazaré


Uma triste notícia assombra estes dias.


A baleia piloto bebé que deu à costa da Nazaré em 27 Agosto de 2006, e que foi recuperada pela SPVS em Quiaios e depois transferida para o Zoo de Lisboa, denominada Nazaré e carinhosamente chamada Naza, morreu.


Ainda não estão apuradas a causas da morte, aguardando-se alguns resultados da necrópsia, mas que aparentemente não seriam conclusivos.


Aqui fica a nossa homenagem a esse maravilhoso ser que partilhamos 3 meses da sua vida, ainda quando não sabíamos se ele ia singrar tão bem como fez. Ainda recordamos uma noite de temporal em que tivemos de segurar o varão que suportava a coberta da piscina, que apesar do sacrifício, nada era comparável à alegria de ver o Naza a "responder" aos nossos cânticos (sim, ele parecia gostar de música, principalmente da "garota do ipanema"). Com o Naza ultrapassamos o Cabo Bojador da reabilitação, e pela primeira vez em Portugal, um cetáceo arrojado é reabilitado, apesar de todos as limitações e de um não apoio explícito de quem é de direito. Neste momento no CRAM-Quiaios da SPVS encontra-se já o segundo cetáceo em reabilitação, a Martinha, que esperamos que seja também o primeiro cetáceo reabilitado e devolvido ao seu meio natural.


Bem hajam todos os profissionais que sacrificam pelos Animais e pela Natureza, numa pequena tentativa de saldar a dívida da espécie humana para com a Terra.
Nunca iremos esquecer de ti, Naza!


Pelos Animais

9 comentários:

Tat Wam Asi disse...

Portugal foi pequeno para o Nazaré..mas vocês foram enormes.

Força

Blue disse...

Pois é! Agora nada do que foi dito em relação aos apitos e palhaçadas de circo tem valor...Antes o naza estivesse cá mesmo com essas coisas de que tanto diz mal, ao menos estava vivo! Há muita coisa que diz que não faz o menor sentido...passar 2,5h na piscina perto dele, ensinando-lhe qualquer coisa nunca foi problema, as pessoas k têm apitos estão habituadas a passar muito tempo com os animais para lhes ensinar "palhaçadas"! E apesar de não estar entre animais da mesma espécie garanto-lhe que era extremamente feliz! Talvez nunca o tenha visto brincar com os golfinhos ou mesmo com os leões marinhos e também ao contrário do que diz, alimentar um animal daquele porte não é só faze-lo abrir a boca com um assobio...quando ele nao abria a boca não havia assobio que valesse e nessa altura ninguém la estava para além dos que passaram 2anos e 7meses a controlá-lo e vigiá-lo dia e noite!
É fácil criticar os outros mas só quando se prova fazer melhor!

Cumprimentos.

MoonMood disse...

"...ao menos estava vivo" é uma frase muito infeliz. E pelo comentário da blue até parece que o nazaré não morreu na piscina onde o utilizavam para as palhaçadas!
As baleias pertencem ao mar.

Blue disse...

Sim as baleias pertencem ao mar e foi o mar que devolveu o nazaré...e sim mantenho o que disse ao menos no delfinário ele estava vivo e era feliz, no mar provavelmt não sobreviveria e sim o nazaré morreu na piscina onde estava mas não porque estava numa piscina e não no mar!loool
Não é fácil nem se deve falar do que não se sabe!

Salvadorvet disse...

"Pudesse eu, e fecharia todos os zoológicos do mundo. Pudesse eu, e proibiria a utilização de animais nos espectáculos de circo. Não devo ser o único a pensar assim, mas arrisco o protesto, a indignação, a ira da maioria a quem encanta ver animais atrás de grades ou em espaços onde mal podem mover-se como lhes pede a sua natureza. Isto no que toca aos zoológicos. Mais deprimentes do que esses parques, só os espectáculos de circo que conseguem a proeza de tornar ridículos os patéticos cães vestidos de saias, as focas a bater palmas com as barbatanas, os cavalos empenachados, os macacos de bicicleta, os leões saltando arcos, as mulas treinadas para perseguir figurantes vestidos de preto, os elefantes mal equilibrados em esferas de metal móveis. Que é divertido, as crianças adoram, dizem os pais, os quais, para completa educação dos seus rebentos, deveriam levá-los também às sessões de treino (ou de tortura?) suportadas até à agonia pelos pobres animais, vítimas inermes da crueldade humana. Os pais também dizem que as visitas ao zoológico são altamente instrutivas. Talvez o tivessem sido no passado, e ainda assim duvido, mas hoje, graças aos inúmeros documentários sobre a vida animal que as televisões passam a toda a hora, se é educação que se pretende, ela aí está à espera.

Perguntar-se-á a que propósito vem isto, e eu respondo já. No zoológico de Barcelona há uma elefanta solitária que está morrendo de pena e das enfermidades, principalmente infecções intestinais, que mais cedo ou mais tarde atacam os animais privados de liberdade. A pena que sofre, não é difícil imaginar, é consequência da recente morte de uma outra elefanta que com a Susi (este é o nome que puseram à triste abandonada) partilhava num mais do que reduzido espaço. O chão que ela pisa é de cimento, o pior para as sensíveis patas deste animais que talvez ainda tenham na memória a macieza do solo das savanas africanas. Eu sei que o mundo tem problemas mais graves que estar agora a preocupar-se com o bem-estar de uma elefanta, mas a boa reputação de que goza Barcelona comporta obrigações, e esta, ainda que possa parecer um exagero meu, é uma delas. Cuidar de Susi, dar-lhe um fim de vida mais digno que ver-se acantonada num espaço reduzidíssimo e ter de pisar esse chão do inferno que para ela é o cimento. A quem devo apelar? À direcção do zoológico? À Câmara? À Generalitat?"

By José Saramago in "O Caderno de Saramago"

MoonMood disse...

querida blue
se o nazaré teria ou não sobrevivido no mar nunca vamos saber mas não penses que não percebo o teu ponto de vista e muito menos que ponho em causa o teu amor por ele. acho mesmo que esse amor é a base para o quereres protejer
mas para mim a vida passa num flash e não interessa se é longa ou curta. o k conta é como a aproveitamos e desenvolvemos o potencial que a natureza confere a cada ser. Os animais selvagens só poderão ser felizes em liberdade, assim como nós.
Para mim a existência em cativeiro só se poderá justificar se o animal for irrecuperavel e não tiver qualquer hipotese de sobrevivencia no seu habitat natural.
Quem já teve a sorte de estar em sitios onde o homem não é o ser dominante pode facilmente concluir que quer seja o dia de caçar ou de ser caçado, a vida só se cumpre, só se saboreia em liberdade e todos os seres têm direito a vive-la no seu pleno.
muitos dias felizes para ti.

Unknown disse...

Olá a todos!
Infelizmente, o Naza já cá não está. Aparentemente, a causa da sua morte é desconhecida e talvez o seja para sempre.
Todos nós que nos dedicámos à sua recuperação sentimos uma enorme dor. O Naza merece, pelo menos, o nosso respeito.
Vamos aproveitar para reflectir (forma positiva )sobre tudo o que o Naza nos ensinou ao longo destes quase 3 anos e, EM CONJUNTO, lutar para pagar a dívida que temos para com a Mãe Natureza.
Afinal todos temos a mesmo sentimento: Adoramos os ANIMAIS!
Eu também teria adorado ver o Naza regressar ao seu habitat, de onde só saiu por infortúnio... poder-se-ia ter tentado? A resposta remete-nos para o tópico inicial:
PORTUGAL AINDA É MUUUUITO PEQUENO.

Little Turtle disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Little Turtle disse...

Apenas hoje soube desta triste notícia:( Também estive alguns dias em Quiaios a ajudar na recuperação do Naza. Foi uma experiência única que nunca vou esquecer. Estive muitas vezes para o ir visitar ao Zoo, mas infelizmente não se proporcionou e nunca mais o vi:(

"Em memória do Naza" que tanto nos ensinou!

Cláudia Moreira